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terça-feira, março 14, 2006

Electroclash is dead





Lanço aqui o desafio para deixarem a vossa opinião sobre se o movimento sonoro e cultural Electroclash está morto ao não. Do ano 2000 ao ano 2002 ou até 2003 assistiu-se ao lançamento de excelentes trabalhos por artistas talentosos. Miss Kittin, The Hacker, Golden Boy, Felix da Housecat, Adult, Vitalic, Avenue D, Peaches, A.R.E Weapons, W.I.T, Soviet, Chicks on Speed, Client (?), DJ Hell, Larry Tee, Fischerspooner, Ladytron, Ju Ju Babies, Mount Sims, Ural 13 Dictators, My Robot Friend, Robots in Disguise, Linda Lamb, Robbie D., Ivana F, Swayzak, Tiga & Zyntherius, Zoot Woman são apenas alguns dos nomes que mais contribuiram para o movimento Electroclash. Foi uma altura fantástica. :)

Agora tento manter-me a par do que se faz actualmente no panorama electro alternativo, e não vejo os ingredientes do electroclash. Vejo sim a influência do movimento, mas nada de novo do movimento. Posso estar a ver no lado errado! ;) O que vejo é mais um electro pop alternativo, ou não, como o novo álbum de Tiga e a direcção que Miss Kittin e Felix da Housecat levam, a raínha e rei do electroclash, respectivamente. E depois há agora a explosão do movimento indie...

Uns ainda se vão sobrevivendo com qualidade. Estou a lembrar-me de, por exemplo, os Ladytron.

Não digo que esteja mal que os movimentos sonoros evoluam (pode ser para melhor ou para pior), mas eu gosto do electroclash, e custa-me um pouco que ele já tenha morrido... snif.. :'(

\\Wellen

6 Comments:

At 18:24, Blogger Luis Baptista said...

Bem, digo-te, sempre estive com um pé atrás neste movimento, nunca me seduziram de maneira convicente, acompanhei, mas não vibrou, muito longe disso, penso que uma boa operação para as pistas, mas pouco mais, falta-lhe a essência, Sorry...

   
At 12:33, Blogger Sérgio said...

Eu amo as bandas a que fazes referência mas acho que, infelizmente, muitas delas não superaram o primeiro album. A Miss Kittin é um bom exemplo, ou melhor, ela em parceria faz coisas excelentes, a solo fica uns furos abaixo. De todas as bandas, os Ladytron são os únicos que continuam soberbos...
O que mais me agrada na onda electroclash é o facto de ser assumidamente frívola, arrogante e provocadora... Se passar de moda... olha, paciência... pelo menos os discos ficam para sempre no meu coração.
Frank Sinatra is Dead!

   
At 14:07, Blogger Wellen said...

:: sérgio
pois é. muitos dos discos que tenho, não têm um segundo a acompanhar. e realmente, miss kittin sabe melhor acompanhada. pronto, admito! I Com não caiu tão bem. o live @ sonar ainda não ouvi muito bem.
the hacker (fantástico 1982), golden boy (fantástico rippin kittin) e felix da housecat (fantástico silver screen (shower scene)) foram quem a lançaram. ela sozinha não é tão bôa!
os ladytron continuam 10 em 10, mas se não têm cuidado vão cair no "oh, já não traz nada de novo"...
ah! fischerspooner também alteraram um pouco o seu som, mas ainda é bom :)

o electroclash está morto. teve um tempo de vida curto mas intenso. deixa muito boas recordações! essencialmente pode-se comparar como sendo um som dos 80s moderno

   
At 15:26, Blogger Sérgio said...

Sim sim... tinha-me esquecido dos Fischerspooner! O último album ainda se mantém no meu iPod :)

   
At 17:45, Blogger Connexion said...

Para haver um "movimento" é preciso haver uma ideologia.

Que, tanto quanto eu saiba, não havia absolutamente nenhuma no fenómeno fabricado a que foi dado o nome de "electroclash" (e para quem não sabe, foi registado copyright da designação "electroclash" por um senhor chamado Larry Tee).

That being said, o que aconteceu com o dito "electroclash" foi o mesmo que acontece com todos os 'fads' bombasticamente anunciados como sendo "the next big thing" (lembro-me também de "future pop" e outros que tais): it fizzled out quando o publico deixou de ligar ao 'hype' e uma boa parte dos artistas envolvidos negará alguma vez ter sido "electroclash".

Faz-me lembrar o grupo de realizadores de cinema conhecido como "Dogma" encabeçado pelo Lars Von Trier... muitas declarações bombasticas, muito 'hype' artistico mas ao fim de um par de anos já ninguem se lembrava (ou admitia ter feito parte) desse "movimento revolucionário" que não passou de uma operação de marketing.

   
At 10:48, Blogger Luis Baptista said...

::connexion
Penso que tens toda a razão, não existe nem ideologia nem substância, apenas um vazio, onde certamente nda fica.Quanto à comparação cinematográfica, penso que esse tal "Dogma", não passava de um bando de "ressabiados" do cinema, pessoal com dinheiro para fazer algo e fazê-lo mal.

   

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